quarta-feira, 26 de setembro de 2012

2017 – A vinda do Reino?


2017 – A vinda do Reino?


O ano 2017 tem há algum tempo despertado a minha atenção e curiosidade. Sendo eu um curioso investigador das profecias bíblicas relacionadas com o fim dos tempos, qualquer matéria é prontamente analisada e considerada, quando o caso é para isso. Na minha apresentação “Israel – o relógio profético de Deus” postada no blog em 1 de Novembro de 2010, levanto a certa altura a questão: “o que nos trará 2017?”
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A questão tem a ver com datas, previsões e cumprimentos. Sei que há quem ache que datas e números não têm qualquer relevância bíblica, mas o estudo aprofundado das Sagradas Escrituras conduzirá facilmente a uma opinião diferente.
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Por exemplo, em 1897 Theodore Herzl durante o 1º congresso sionista “sonhou” com um estado moderno judaico na Terra de Israel para daí a 50 anos. E 50 anos depois - o tempo de um Jubileu bíblico - em 1947, as Nações Unidas declaram a divisão da “Palestina” em 2 estados, um judeu e um árabe, dando portanto origem à moderna “existência” de Israel.
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70 anos depois - o tempo de uma geração bíblica - em 1967, Jerusalém volta às mãos dos judeus, após quase 2 mil anos de dispersão, tornando-se na sua capital eterna e indivisível.
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Por quê 2017 agora? Porque de 1947 (início da existência do Israel moderno) até 2017, irão decorrer exactamente 70 anos, ou seja, o tempo de uma geração bíblica. Muitos intérpretes da Bíblia acham que quando Jesus, o Messias, referiu no Seu sermão profético “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mateus 24:34), Se estava a referir à geração que veria todos os sinais acontecerem, especialmente os que concernem a Israel, o que significaria que essa geração teria de ver a vinda do Messias até 2017. Na minha humilde opinião, faz sentido.
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Mas a minha atenção tem sido recentemente despertada pela controvérsia acerca das “profecias” da minha amiga Neuza Itioka, mencionando o ano de 2017 como “o ano da vinda do reino”, e usando como base as profecias do conhecido rabino Judá Ben Samuel.
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Confesso que sempre me tenho sentido perturbado e até indignado com tanta “profetada” que ouço por aí, pelo que na maior parte dos casos tendo a não dar ouvidos àqueles que tentam e alegam falar “em nome de Deus.” Digo “tentam”, porque a Deus certamente eles não conhecem.
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Mas a “mensagem” da Neuza à Igreja poderá ter algum valor, uma vez que, excluindo a questão das datas e dos “iluminati”, é uma visão da realidade e do caminho que infelizmente os cristãos de hoje estão trilhando, ignorando muitas vezes as sérias advertências dos profetas de Deus. Assim era e assim continuará a ser, para desgraça nossa.
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Mas as “profecias” de Itioka em que o Reino Milenar do Messias se iniciaria em 2017, não são invenção dela: têm na sua origem as famosas “profecias dos jubileus” preditas pelo rabino Judá Ben Samuel.
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Quem é este rabino?
Judá Ben Samuel foi um piedoso judeu alemão, que viveu entre 1140 e 1217, e que antes da sua morte (em 1217) profetizou acerca da nação de Israel.
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E as suas profecias, a que eu prefiro chamar “visões”, têm a ver com períodos de tempo relacionados com os jubileus bíblicos, portanto períodos de 50 anos cada – Levítico 25:8-13. Segundo ele, o Império Otomano turco reinaria sobre a Cidade santa de Jerusalém por 8 Jubileus, portanto 8 x 50 = 400 anos. E assim aconteceu: 300 anos depois da “visão” de Ben Samuel, em 1517, or turcos do Império otomano tomaram o controle de Jerusalém, dominando a cidade nos 400 anos seguintes.
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E foi exactamente 400 anos depois, portanto 8 jubileus depois, que os turcos foram expulsos da Terra Santa pelas forças do general inglês George Allenby, um devoto cristão, tendo Jerusalém sido capturada e libertada pelos britânicos em 9 de Dezembro de 1917, durante a Festa doHanukah, sem que um só tiro tivesse sido disparado! A primeira parte da “visão” do rabino concretizou-se com exactidão!
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Mas o rabino tinha também profetizado que durante o 9º ano Jubileu – portanto 450 anos a contar da invasão turca de 1517 – Jerusalém se tornaria numa “terra de ninguém”. E isso aconteceu exactamente: entre 1917 e 1967 Jerusalém foi colocada sob a alçada britânica a mando da Liga das Nações, não pertencendo literalmente a nenhuma nação. Até mesmo depois da Guerra da Independência de Israel (1948 – 1949) Jerusalém estava dividida, com judeus dominando de um lado e os jordanos do outro, havendo uma faixa de terra a meio que ninguém podia atravessar. Só em 1967 (portanto 450 anos depois, ou 9 jubileus depois) é que Jerusalém deixou de ser “terra de ninguém” para voltar à soberania de Israel. A segunda parte da “visão” do rabino concretizou-se com exactidão!
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Mas a terceira parte da visão é ainda mais empolgante: o rabino Samuel profetizou que no décimo Jubileu, portanto 10 x 50 anos = 500 anos desde a conquista dos turcos (1517), ou seja, em 2017, Jerusalém estaria sob o domínio dos Judeus depois de mais de 2 mil anos de diáspora judaica, e o Reinado Messiânico se iniciaria no final deste período. O décimo Jubileu iniciou-se em 1967 e vai terminar em 2017.
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Acredito que estamos a caminho dos momentos finais da História humana – pelo menos desta presente dispensação, ou época. Especular sobre datas é sempre perigoso e pode até tornar-se uma obsessão. Não vamos por aí.
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Contudo isso não nos impede de estarmos atentos aos sinais, e não descartarmos estas “evidências” histórias e, por que não, até proféticas, desde que elas não ponham em causa a revelação divina. E esse não é o caso.
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A Bíblia afirma claramente que o Reino está para vir. Será em 2017? Poderá ser antes? Poderá ser depois? Não sabemos. Mas disto estou certo: quando Jesus nos ensinou a orar: “Venha o
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Teu Reino” é porque ele virá, e tudo indica que estamos próximos desse Grande
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Dia!  Maranatha!
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Estejamos nós prontos…
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Shalom, Israel!
Fonte: Shalom Israel






Judá ben Samuel de Regensburg (1140 – 1217) foi um rabino judeu alemão que, antes de sua morte  em 1217 d.C., supostamente profetizou a respeito da nação de Israel.
SUPOSTAMENTE, Segundo ben Samuel, o Império Otomano turco reinaria sobre a Cidade Santa de Jerusalém por oito jubileus. Um jubileo é um período de 50 anos de acordo com Levíticos 25:8-13. Portanto, oito jubileus seriam o equivalente a 400 anos.
APARENTEMENTE, como previsto, 300 anos depois (1517) os turcos do Império Otomano tomaram o controle de Jerusalém e a dominaram pelos próximos 400 anos. Eles foram finalmente expulsos da Terra Santa em 1917 pelas forças aliadas sob o comando do General George Allenby. A profecia do rabino a respeito do período de 400 anos aparentemente se cumpriu com exatidão.
SUPOSTAMENTE, o rabino também profetizou que em seu nono jubileu, Jerusalém seria uma “terra de ninguém”. Isso ocorreu entre 1917 e 1967, devido ao fato de que Jerusalém foi colocada sob o domínio do Mandato Britânico em 1917 pela Liga das Nações e literalmente não pertencia a nenhuma nação.
Mesmo depois da Guerra da Independência de Israel (1948-49), Jerusalém ainda estava dividida por uma faixa de terra que cortava o coração da cidade, separando o domínio da Jordânia (ao leste) do domínio israelense (a oeste). A faixa de Jerusalém era chamada de “terra de ninguém” tanto por israelenses como por jordanianos. Qualquer pessoa que atravessasse esta faixa era alvejada a tiros.
Isso somente mudou após a Guerra dos Seis Dias (1967), quando toda a parte leste de Jerusalém foi conquistada por tropas israelenses e toda a cidade passou a estar sob domínio de Israel. Aparentemente, uma vez mais a profecia feita pelo rabino se cumpriu com exatidão 750 anos depois de sua morte.
SUPOSTAMENTE, o rabino também profetizou que durante o décimo jubileu, Jerusalém voltaria a estar sob o domínio dos judeus depois de mais de dois milênios de exílio, e o reinado messiânico se iniciaria no final deste período. O décimo jubileu de Israel se iniciou em 1967 e terminará em 2017.

Informações adicionais

Judá ben Samuel é conhecido entre os judeus como Yehuda HeChassid (Judá, o Piedoso). Foi o fundador de um movimento judeu no século XII conhecido como Chassidei Ashkenaz (literalmente “Os Piedosos da Alemanha)2 que enfatiza a oração e a prática de uma conduta moral e piedosa.
Os ensinos de ben Samuel foram, por vezes, causa de controversia nas sinagogas. Para alguns na comunidade judaica, ben Samuel era um místico cabalista. Sua ênfase na oração foi vista por alguns da comunidade judaica como exagerada e em detrimento do estudo. Segundo a Enciclopédia Judaica, foi conhecido como um pietista em seu tempo e alguém que ensinava que o estudo das Escrituras Sagradas era mais importante do que o estudo do Talmude.3
Judá ben Samuel é, sem dúvida, uma figura controversa entre os estudiosos judeus, que atribuem a ele a introdução da teosofia entre os judeus na Alemanha.4 Devemos observar, no entanto, que já no século XII ben Samuel pregava a mensagem “evangélica” de uma relação pessoal entre o homem e seu Criador – um conceito “inconsistente com a natureza divina” para os judeus e, portanto, uma mensagem “herética” que lhe angariou a antipatia de muitos de seus contemporâneos.5

Considerações finais

Atenção às palavras “supostamente” e “aparentemente” neste artigo. Não posso atestar quanto às crenças de ben Samuel (se era ou não cabalista) e, como não encontrei nada a respeito dos registros desta profecia, tampouco sei se ela foi real ou fabricada após os acontecimentos. Se alguém tiver alguma informação adicional que possa esclarecer esta questão, mande-me e será publicada.
Entretanto, gostaria de apelar à sabedoria milenar do rabino Gamaliel no caso em questão. Assim como não podemos ser ingênuos, acreditanto em tudo aquilo que ouvimos e lemos, tampouco podemos recitar o “mantra cessacionista” que alguns construiram com os dizeres de Martinho Lutero a respeito de profecias e visões6 sem cuidadosamente investigar as questões levantadas no parágrafo acima.
É muito fácil fazermos chacotas com anuncios deste tipo, mas é importante lembrarmos que, de acordo com as Escrituras, o tempo e a história são um dos aferidores da profecia quando a mesma não contraria um princípio previamente estabelecido pelas Escrituras (Deut. 18:21-22). Assim, para um pré-milenista como eu, que atribui a Israel um papel importante nas profecias escatológicas que precedem o Milênio, na possibilidade de a profecia realmente ter ocorrido como se registra, somente o tempo e a história poderão dizer se ben Samuel profetizou ou não da parte de Deus no tocante ao início do Reino Milenar do Messias.7