quinta-feira, 21 de março de 2013

PÁSCOA - PESSACH


PÁSCOA - PESSACH


A Festa de Pessach celebra a vida. Comemorar Pessach é obedecer ao Eterno, a sua Palavra e aos seus mandamentos – é perceber a extensão espiritual e vivê-la. Pessach ocorre no décimo quinto dia do mês de Nissan, na estação da primavera. É comemorada de acordo com o direcionamento bíblico por um período de sete dias. Destes, o primeiro e o último dia são considerados como Yom Tov (Dia Festivo) nos quais nenhum trabalho é realizado. Nos outros dias que se seguem um trabalho leve é permitido.
No Êxodo, Pessach surge com a intervenção de Elohîms para libertar seus filhos da escravidão do Egito. O sêder é celebrado na primeira ou na segunda noite de Pessach. A palavra sêder significa ordem. De fato, a cerimônia de Pessach segue uma ordem preestabelecida pela Torá e pela tradição bíblica judaica. A Torá ordena: “Conservareis, de geração em geração, como instituição perpétua”. (Êxodo 12:14). A ideia básica do sêder é reviver e recriar a experiência da noite de Pessach.
Pessach significa saltar por cima, ou passar por sobre. O anjo da morte, ou anjo destruidor, passou por sobre as casas dos hebreus assinaladas com o sangue do Cordeiro Pascal. O Eterno matou todos os primogênitos dos homens e dos animais dos egípcios. “À meia-noite o Eterno feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais”. (Êxodo 12:29) Essa foi a ultima praga enviada por Elohîms ao Egito; tornou-se necessária, para convencer Faraó, rei do Egito, a deixar que Israel saísse do seu país após séculos de escravidão naquela terra. Portanto, Pessach possui o sentimento de livramento e libertação, um valor expiatório, ou seja, afastar-se de um perigo.“Quando o Eterno passar para ferir os Egípcios, verá o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, e passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir”.(Êxodo 12:23) O sangue do Cordeiro tornou-se a marca de proteção para toda Casa de Israel.
Assim sendo, somos ordenados a cumprir o mandamento decelebrar a Festa da Páscoa (estatuto perpétuo) como nos ensinam asEscrituras Sagradas: comendo pães ázimos e ervas amargas para quepossamos lembrar quão amargo é viver na escravidão e no sofrimentodo Egito (símbolo do mundo e do pecado). Fazendo assim, estaremosobedecendo ao mandamento. “Naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães ásmos e ervas amargas”. (Êxodo 12:8)
Além de celebrarmos Pessach, devemos fazer com que esta mitzvá seja conhecida por todos – assim nos ordena o Eterno: “Portanto, guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. Quando vossos filhos vos perguntarem: que cerimônia é esta? Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa ao Eterno, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os Egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo se inclinou e adorou”. (Êxodo 12: 24, 26,27)
Podemos com toda liberdade, e sem nenhum preconceito, restaurar as raízes bíblicas judaicas da nossa fé, saboreando as comidas simbólicas do sêder que têm como intenção ajudar-nos a obedecer às Escrituras Sagradas e a vivenciar o sofrimento e a redenção do povo de Elohîms.

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