terça-feira, 5 de junho de 2012

Corrupção no estado do Espírito Santo - Brasil

Corrupção no estado do Espírito Santo - Brasil

Pelo terceiro ano consecutivo a Transparência Capixaba divulga a pesquisa “Barômetro Capixaba da Corrupção”
. A consulta traz uma avaliação dos moradores da Grande Vitória sobre os últimos e próximos três anos em relação a corrupção no Estado.

Mais corrupção


Para o capixaba a corrupção aumento nos últimos três anos. Se somadas as avaliações de quem respondeu que aumentou com aquelas que disseram que aumentou muito, chega-se a um percentual recorde de 67%. A perspectiva para os próximos três anos também não é nada boa. Para 73,75% dos entrevistados, a corrupção vai continuar. Este percentual só não é maior do que a percepção medida pelo Barômetro Capixaba da Corrupção de 2006, quando atingiu 75,5%.


Poder Judiciário


Quando os eleitores são questionados sobre em quais poderes ou instituições capixabas a corrupção é maior, a Assembléia Legislativa lidera com 24,5%, seguida dos partidos políticos (18,3%) e Câmara de Vereadores, com 16,8%. Mas um fato chama atenção – o Poder Judiciário, que no ano de 2007 concentrava apenas 2,5% da desconfiança dos capixabas em relação a corrupção, no ano de 2008 esta desconfiança subiu para 15,3%. O ano de 2008 ficou marcado para o Poder Judiciário do Espírito Santo com a realização da Operação Naufrágio. Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal revelaram a existência de um esquema de venda de sentenças dentro do Tribunal de Justiça do ES e resultaram na prisão de desembargadores, juiz, advogados e servidores do órgão.


Propina


Aumentou também o número de pessoas que admitem terem pago propina para obtenção de vantagens no Espírito Santo. Se em 2007, 94,25% dos entrevistados garantiram que não pagavam propina; em 2008 este número caiu para 80,75%. Ou seja, cerca de 20% dos consultados tiveram que desembolsar dinheiro ou oferecer presentes para ter acesso a algum tipo de serviço público. Dos que confirmaram o pagamento da propina, 33% disseram que o valor pago variou em 2008 entre R$ 100 e R$ 500.


Metodologia


Para a realização desta pesquisa foram aplicados 400 questionários na Grande Vitória, entre os dias 18 e 20 de dezembro de 2008. Os trabalhos foram coordenados pelo cientista político Fernando Pignaton e o responsável técnico representando a Transparência Capixaba é o historiador Rafael Cláudio Simões. A pesquisa tem Intervalo de Confiança de 95% e Margem de Erro de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos.


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