sábado, 9 de julho de 2011

Indígenas denunciam que mortalidade materna em suas comunidades tem aumentado - Bolívia

Indígenas denunciam que mortalidade materna em suas comunidades tem aumentado
Adital

Tomasa Rojas, presidenta da Central Indígena de Guarayos, denuncia que autoridades municipais não dão adequada atenção ao tema da maternidade o que eleva o índice de mortalidade materna ente as mulheres indígena que vivem nas comunidades rurais.

"Nossas autoridades municipais não destinam recursos para as mulheres grávidas nem seguros maternos gratuitos, faz dias que morreu uma mulher porque não pode ter seu bebê a tempo, encontrar hospitais é uma burocracia fatal”, afirma.

Judith Menacho, Vice-Presidenta da Conferência Nacional de Mulheres Indígenas da Bolívia (CNAMIB) sustenta que como todas as mulheres do país, as indígenas têm direito a serviços básicos de saúde de forma imediata.

"A Confederação trabalha o tema formando as mulheres líderes na área para que possam informar suas bases e incidir o encontro social para que a saúde reprodutiva seja atendida, estes serviços de saúde são muito escassos em nossas comunidades”, afirma Menacho.

Atualmente, a CNAMIB se encontra trabalhando em propostas para o projeto de Lei de direitos sexuais e reprodutivos.

"Estamos enfatizando muito este tema, como indígenas queremos contribuir para reduzir este índice de mortalidade materna porque em nossas comunidades há muitas mulheres que morrem ao dar a luz”, explicou a dirigente.

Assim mesmo, a líder guaraya Tomasa Rojas, afirma que existem casos de violência domestica e sexual entre as mulheres e crianças que não são denunciados porque desconhecem seus direitos.

"Nos papéis se falam contra a violência a mulher, para que serve este papel se não conhecemos o que diz, as mulheres das comunidades afastadas desconhecem este tema por isso não denunciam, também tem medo de seu agressor”.

Finalmente, Rojas convida as autoridades municipais e departamentos a coordenar com as organizações indígenas para trabalhar pela saúde das mulheres.

A notícia é da AINI

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cat=8&dt=&cod=58179