Policiais rodoviários federais aderem à greve dos servidores públicos
Por todo o país, hoje foi mais um dia de protestos dos servidores federais em greve. Teve apitaço, distribuição de feijão e manifestações nas estrada
Os policiais rodoviários federais, que antes trabalhavam fazendo operação-padrão, decidiram agora aderir à paralisação.
A manhã foi barulhenta no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, onde os policiais federais resolveram protestar com um apitaço.
No Recife, a manifestação dos fiscais agropecuários foi feita com a distribuição de uma tonelada de feijão. Cada pessoa que se dispôs a encarar a fila ganhou um saco de um quilo.
Os policiais rodoviários federais decidiram ontem entrar em greve. Antes, o que eles estavam fazendo para protestar eram operações-padrão, em que fiscalizavam mais carros do que a rotina, provocando congestionamentos em várias estradas do país. No Rio de Janeiro, agentes que exercem função de chefia puseram o cargo à disposição.
“Nós temos que manter um efetivo mínimo de 30% nas rodovias. A gente está atendendo prioritariamente as emergências, principalmente acidentes, acidentes com vítimas fatais, acidentes com vítimas graves e até leves, em uma escala de prioridades”, explica Marcelo Novaes, presidente do sindicato dos Policiais Rodoviários do RJ.
No fim da manhã, um acidente em uma estrada federal que corta a região metropolitana do Rio de Janeiro causou um grande engarrafamento. Uma equipe da polícia rodoviária orientou os motoristas
Em Goiânia também, 40 policiais rodoviários tiraram os distintivos e fizeram fila pra entregar, simbolicamente, os cargos de chefia.
Na fronteira do Brasil com o Paraguai, as enormes filas de caminhões e carros das últimas semanas deram lugar a um trânsito livre.
Quem cruzou a Ponte da Amizade hoje pela manhã não passou por nenhuma vistoria. Os agentes deixaram carros, motos e pedestres passarem livremente.
Todas as reuniões entre representantes do governo e dos sindicatos em greve, que estavam marcadas para hoje de manhã, no Ministério do Planejamento, foram transferidas para a tarde.
As negociações de hoje serão com os agentes penitenciários, técnicos agropecuários, funcionários do INEP e agentes da Polícia Federal.
