Universidade russa abre 20 vagas de Medicina para brasileiros
A Aliança Russa de Ensino Superior começou a entrevistar candidatos interessados em cursar Medicina na Universidade Estatal de Kursk, considerada uma das melhores da Rússia. Antes de ingressar na universidade, os alunos irão passar pela Faculdade Preparatória, onde terão, inicialmente, três meses para a adaptação ao idioma inglês na área de biológicas e ao método de ensino.
A instituição fica a cerca de 500 km da capital Moscou. Kursk é uma cidade de custo de vida baixo e esse é um dos principais motivos pelos quais muitos estudantes estrangeiros têm procurado a instituição para conseguir um diploma médico europeu. Atualmente mais de 250 alunos brasileiros estão matriculados. A relação custo-qualidade de ensino é incomparável com a maioria das cidades do mundo, já que o estudante terá acesso a um dos melhores sistemas educacionais, com salas de aula são de, no máximo, 12 alunos.
O valor cobrado por aluno é simbólico por conta da política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo russo. Em média, cada estudante desembolsa aproximadamente R$ 7 mil por ano em despesas entre curso e moradia, valor inferior ao das universidades particulares no Brasil devido ao subsídio dado pelo governo russo aos estrangeiros. A duração do curso é de seis anos e o aluno tem direito a seguro médico, tutoria acadêmica e moradia universitária.
O governo brasileiro pretende ainda afrouxar as regras para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil. A estimativa oficial é de que haja 291,3 mil médicos no Brasil, o que equivale a 1,6 médicos para cada mil habitantes. A ideia é flexibilizar a exigência de fazer o exame para revalidação do diploma.
O candidato interessado em estudar na Rússia passa por um processo seletivo avaliado pela universidade de sua escolha e administrado pela Aliança Russa, que inclui reunião com os pais, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da faculdade.
Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.