Porquê o império romano aderiu a crença em Yeshua?
Pesquisa elaborada
por Xan - Torah Web
Você ja parou para
refletir sobre o porquê do império romano, dominador de Israel, destruidor de
Jerusalém e inimigo ferrenho dos judeus, ter aderido a "fé" em
Yeshua, um judeu, e aborvido o que lhes interessava da fé judaica exposta nas
Escrituras em geral, adotando-a parcialmente?
Neste resumo
apresentaremos alguns fatos que comprovam o porquê do paganismo romano ter
aderido facilmente parte da fé messianica em Yeshua, testemunhada pelos
discipulos judeus messiânicos, transformando-na em catolicismo romano, uma nova
religião baseada em conceitos aborvidos de outros seguimentos religiosos mais
antigos.
O padre Joaquim
Carreira das Neves, professor da Universidade Catolica de Portugal, considerado
o maior estudioso português da Bíblia, entrevistado de Manuel Luís Goucha, no
programa «De Homem para Homem» do TVI24, transmitido no dia 27 de Dezembro de
2010, às 23 horas, disse que a religião católica em suas origens é pagã com
bases no mitraísmo, isto é, ela simplesmente paganizou o
"cristianismo" judaico biblico originalmente vivido pelos judeus.
O deus mitra.
Mitra pertence às
mitologias persa, indiana e romana. Na Índia e Pérsia representava a luz (deus
solar). Representava também o bem e a libertação da matéria. Chamavam-na de
"Sol Vencedor".
Algumas
peculiaridades do mitraísmo foram agregadas a outras religiões, como o
cristianismo romano. Por exemplo, desde a antiguidade, o nascimento de Mitra
era celebrado em 25 de dezembro, mais tarde o catolicismo substituiu o deus
Mitra por Yeshua, porém a data de nascimento continuou sendo celebrada conforme
o mitraísmo, com excessão do aniversariante, pois Yeshua nasceu em meados de
outubro quando é celebrada a festa dos tabernáculos em Israel até os dias de
hoje.
Mitra foi adorado
por quase todos os soberanos persas: Ciro o reverenciava; sob Dario houve um
breve eclipse, pois este, segundo alguns especialistas, era partidário de
Zoroastro; porém a crença em Mitra reaparece com Artaxerxes.
A partir do século
II o culto a Mitra era dos mais importantes eventos no Império romano e
numerosos santuários (Mithraea, singular Mithraeum) foram construídos. A maior
parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado, raras vezes eram
grutas artificiais. Imagens do culto eram pintadas nas paredes, e numa delas
aparecia quase sempre Mithras que matava o touro sacrificial. Mitra retorna ao
primeiro plano como deus do sol, dos juramentos e dos contratos, sob a
influência dos Magos.
No Panteão dos
Deuses avésticos, Mitra seria filho de Anihata ou Anahita, a gênia feminina do
fogo, uma espécie de Virgem Imaculada, Mãe de Deus. É a única figura feminina
associada a Mitra, pois este permanecerá celibatário por toda a vida, exigindo
de seus admiradores a prática do controle de si, a renúncia e a resistência a
toda forma de sensualidade.
Curioso é a
biografia do rei Mitrídate VI Eupator, rei do Ponto, anterior ao nascimento do
Messias Yeshua. Seu nascimento foi anunciado por um cometa, um raio caiu sobre
o recém-nascido, deixando-lhe uma cicatriz. A educação deste rei é uma longa
série de provas iniciáticas. É visto durante sua coroação como uma encarnação
de Mitra. A biografia real é muito próxima do Natal cristão.
No mitraísmo o Mitra
é um deus de forma humana e Yeshua é igualmente considerado um deus dentro do
cristianismo catolico e derivados, mesmo que a mensagem principal dos
Evangelhos em conformidade com as profecias dão ênfase a um Messias carnal
descendente da linhagem do rei David gerado milagrosamente pelo poder do
Criador, e não um pseudo deus encarnado.
No tocante ao culto
e à liturgia, estes se faziam no interior do Mithraeum e na presença dos fiéis.
A liturgia constava de ofícios e orações; manducação de pão e sumpção de água e
vinho, acompanhadas de fórmulas sagradas; danças de luzes e fórmulas de êxtase;
orações ao nascer do Sol, ao meio-dia e ao ocaso. As festas realizavam-se no
sétimo mês do ano, mas todos os meses se festejava uma semana inteira, sendo
cada dia destinado a um planeta. Comemorava-se, de modo especial, o dia
natalício do deus (Natalis Invicti), a 25 de dezembro.
De Mitraísmo à
Catolicismo Romano
O fim do mitraísmo
coincide com o seu zênite no século III d.C. e vem acompanhado da entronização
do "cristianismo" como religião do Império Romano. O imperador romano
Constantino manifestou uma certa simpatia pelo mitraísmo, principalmente na sua
versão de “Sol invictus”. Quando este primeiro imperador "cristão"
colocou todas as religiões pagãs na clandestinidade, porém poupou os mitraístas
pois estes possuíam muita influência junto aos militares romanos que eram a
força e alicerce do Império.
O mitraísmo
sobreviveu em Roma até 394 sendo que a Basílica de São Pedro foi construída
sobre o local do último culto mitraíco: o Phrygianum. A partir daí, o
cristianismo construiu, boa parte de seus templos, acima de cavernas que
continham Mithrae, seja em Roma seja nas províncias do Império. A catedral de
Canterbury e a de São Paulo em Londres, o mosteiro do Monte Saint-Michel e
algumas catedrais em Paris estão construídas sobre antigos Mithraeum em ruínas.
Os pontos comuns
entre o cristianismo romano e derivados e o mitraísmo são inúmeros.
O nascimento de o
Messias é anunciado por uma estrela assim como o de Mitridate Eupator. Ambos
são nascidos de uma Virgem Imaculada que toma o nome de Mãe de Deus. Segundo o
catolicismo, a caverna e a gruta são os locais de nascimentos tanto de o
Messias quanto de Mitra.
A presença de
pastores e de seu rebanho também estão presentes em ambos os nascimentos. A
gruta de Belém é prenhe de luz e Mitra é um deus solar. Além do mais, o ouro,
símbolo do Sol, tem uma importância crucial na liturgia cristã. Deus é Amor mas
também Luz. Segundo o catolicismo romano, o nascimento dos dois deuses foi a 25
de dezembro, solstício de Verão no Hemisfério Norte.
Sabe-se que o
Messias não teria nascido no dia 25 e que, somente com o fim do mitraísmo, a
Igreja Cristã, “cristianizou” o dia como a festa do Natal. Tanto o Messias
Yeshua como Mitra eram castos e celibatários. Todas as duas religiões são fundadas sobre um
sacrifício salvador do Mundo, mas com a morte do Messias, o cristianismo tira a
sua vantagem e sua superioridade. A morte do Touro
encontra um símile na luta de São Jorge com o dragão. A vontade de neutralizar
as potências do mal, a guerra entre as duas potências e a vitória do Bem. A
consagração do pão e do vinho estão presentes entre os cristãos e os iniciados
de Mitra. No grau de Soldado (Miles), o iniciado é marcado com uma cruz de
ferro em brasa sobre a fronte. A imortalidade da alma e a ressurreição final.
As igrejas antigas possuem criptas subterrâneas que evocam os templos
mitraícos. A fraternidade e o espírito democrático das primeiras comunidades
cristãs se assemelham muito ao mitraísmo. A fonte jorrando da rocha, a
utilização de sinos, os livros e as velas, a água santa e a comunhão, a
santificação do Domingo (fora da tradição judaica do Sábado em conformidade com
a originalidade do mandamento Divino).
O deus sol presente
nas imagens do mitraísmo e catolicismo.
O dia separado pelo
paganismo em geral que considerava o sol o deus da luz é o domingo, isto é, o
dia do sol, sunday. Baseado neste fato foi muito simples para o catolicismo
romano manipular alguns textos biblicos e alterar o evangelho de Marcos
contradizendo os outros evangelhos e profecias que narram os mesmo fato da
ressureição de Yeshua e assim o catolicismo invalidou a observancia original do
quarto mandamento mantendo o dia pagão de adoração ao sol.
VI – BIBLIOGRAFIA
BARBAULT, Anne,
Introdução à Astrologia, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1991.
CHEVALIER, J. e Gheerbrant, A. Dicionário de Símbolos, José Olimpio Editôra, Rio de Janeiro, 1988.
COIL, Henry Wilson, Coil’s Masonic Encyclopedia, Macoy Publishing & Masonic Supply Co., Inc., Richmond, Virginia, 1995.
ELIADE, Mircea, História das Crenças e das Idéias Religiosas, IV vols., Zahar Ed., Rio de Janeiro, 1983.
ELIADE, Mircea, Iniciaciones Místicas, Ed. Taurus, Madri, 1975.
Encyclopaedia Britannica, 30 vol., 1982
FARIA, Romildo de (org.), Fundamentos de Astronomia, ed. Papirus, Campinas, 1987.
FRANZ, Cumont, Astrology and Religion among the Greeks and Romans, Kessinger Reprints (1912), Montana, s/d.
FRANZ, Cumont, Mysteries of Mithra, Kessinger Reprints (1910), Montana, s/d.
FRANZ, Cumont, Oriental Religions in Roman Paganism, Kessinger Reprints (1911), Montana, s/d.
FRAU ABRINES, Lorenzo, Diccionario Enciclopédico de la Masonería, vol. v, Editorial del Valle de Mexico, México, 1976.
FRAZER, James George, O Ramo de Ouro, Círculo do Libro – Zahar, São Paulo, 1986.
GIBBON, Edward, The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, III vols., The Penguin Press, England, 1994.
GROUSSET, R. e LÉONARD, E.G. Encyclopedie de la Pléiade - Histoire Universelle, III vols., Librairie Gallimard, Paris, 1957.
HALL, M.P. An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, Golden Anniversary Edition, The Philosophical Research Society, Los Angeles, CA, 1979.
MACKEY, A.G. Enciclopedia de la Francmasonería, 4 vol., Editorial Grijalbo, Mexico, 1981.
MOURÃO, Ronaldo R. F., Dicionário Enciclopédio de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1987.
NAUDON, Paul, Histoire, Rituels et Tuiler des Hauts Grades Maçonniques, Dervy Livres, Paris, 1984.
PILE, A. Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Charleston, 1871.
ULANSEY, David, The Origins of the Mithraic Mysteries, Oxford University Press, New York, 1989.
WESTCOTT, W. Wynn, The Resemblances of Freemasonry to the Cult of Mithra, Ars Quatuor Coronatorum, vol. XXIX,London ,
1916.
CHEVALIER, J. e Gheerbrant, A. Dicionário de Símbolos, José Olimpio Editôra, Rio de Janeiro, 1988.
COIL, Henry Wilson, Coil’s Masonic Encyclopedia, Macoy Publishing & Masonic Supply Co., Inc., Richmond, Virginia, 1995.
ELIADE, Mircea, História das Crenças e das Idéias Religiosas, IV vols., Zahar Ed., Rio de Janeiro, 1983.
ELIADE, Mircea, Iniciaciones Místicas, Ed. Taurus, Madri, 1975.
Encyclopaedia Britannica, 30 vol., 1982
FARIA, Romildo de (org.), Fundamentos de Astronomia, ed. Papirus, Campinas, 1987.
FRANZ, Cumont, Astrology and Religion among the Greeks and Romans, Kessinger Reprints (1912), Montana, s/d.
FRANZ, Cumont, Mysteries of Mithra, Kessinger Reprints (1910), Montana, s/d.
FRANZ, Cumont, Oriental Religions in Roman Paganism, Kessinger Reprints (1911), Montana, s/d.
FRAU ABRINES, Lorenzo, Diccionario Enciclopédico de la Masonería, vol. v, Editorial del Valle de Mexico, México, 1976.
FRAZER, James George, O Ramo de Ouro, Círculo do Libro – Zahar, São Paulo, 1986.
GIBBON, Edward, The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, III vols., The Penguin Press, England, 1994.
GROUSSET, R. e LÉONARD, E.G. Encyclopedie de la Pléiade - Histoire Universelle, III vols., Librairie Gallimard, Paris, 1957.
HALL, M.P. An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, Golden Anniversary Edition, The Philosophical Research Society, Los Angeles, CA, 1979.
MACKEY, A.G. Enciclopedia de la Francmasonería, 4 vol., Editorial Grijalbo, Mexico, 1981.
MOURÃO, Ronaldo R. F., Dicionário Enciclopédio de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1987.
NAUDON, Paul, Histoire, Rituels et Tuiler des Hauts Grades Maçonniques, Dervy Livres, Paris, 1984.
PILE, A. Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Charleston, 1871.
ULANSEY, David, The Origins of the Mithraic Mysteries, Oxford University Press, New York, 1989.
WESTCOTT, W. Wynn, The Resemblances of Freemasonry to the Cult of Mithra, Ars Quatuor Coronatorum, vol. XXIX,
Leia mais em: http://www.torahweb.net/t1213-porque-o-imperio-romano-aderiu-a-crenca-em-yeshua#ixzz210BJrryI
Fonte: TORAH WEB - site judaico messiânico