sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cocaína está em quase todas comunidades indígenas
da região de Tabatinga, diz Funai

Traficantes estão usando os índios como “mulas” para o transporte da droga

Foto: Valter Campanato/ABr
Cocaína está em quase todas comunidades indígenas<br>da região de Tabatinga, diz Funai
Rua da área do povo Tikuna. Segundo a Funai, a cocaína está disseminada nas comunidades indígenas da região de Tabatinga (AM), que faz fronteira com a Colômbia

Agência Brasil

Tabatinga (AM) - O administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Tabatinga, Davi Félix Cecílio, afirmou nesta segunda feira (17) que a cocaína está presente em praticamente todas as 230 comunidades indígenas sob sua jurisdição, que corresponde a um total de 54 mil índios.

Em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil, ele admitiu que em determinadas comunidades, como Umariaçu, um em cada cinco jovens indígenas está viciado em cocaína, e que os traficantes estão usando os índios como “mulas” para o transporte da droga.

O administrador da Funai afirmou já ter procurado a Polícia Federal para coibir o tráfico em Umariaçu. Segundo ele, A PF realizou uma rápida operação sem resultados efetivos.

Segundo Cecílio, a Funai não tem conseguido combater esse tipo de problema, pois não tem competência legal para isso. “O governo brasileiro, por meio da Funai, tem que criar um mecanismos para a população indígena, senão eles vão se envolver nas drogas. Tem que oferecer alternativas como cursos profissionalizantes”, disse o administrador da Funai.

"Nós estamos no fim do Brasil, na faixa de fronteira. A invasão dos nossos companheiros dos países vizinhos, colombianos e peruanos, é constante. São traficantes. As pessoas envolvidas com drogas, estão usando os índios tikuna, kokama, kanbeba, kaixana, kanamari, vitota como mulas, transportando as drogas."

Cecílio informou que quatro índios kokama estão presos em Manaus, desde a semana passada, por causa do tráfico de cocaína. "Quando o índio se envolve na cocaína, abandona o estudo, não trabalha na agricultura, porque o mandante oferece dinheiro para ele passar de canoa ou de barco pequeno. Aí eles são pegos".

Ele manifestou também preocupação com a situação dos outros índios. "Eu, como administrador da Funai regional, trabalho preocupado com a situação que os meus parentes enfrentam hoje, porque estão envolvidos nas drogas. Cada pai de família está preocupado com os filhos, porque eles estão se matando com a força da droga".

http://www.jornalahoraonline.com.br/cidade/integra.php?id=3109


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NOTA


Triste a declaração deste SERVIDOR PÚBLICO o qual recebe salário vindo dos impostos pagos por todos.

A alegação de que a FUNAI não tem competência para combater o problema da drogas e os índios não é correta.

A FUNAI não tem o PODER DE POLÍICA para prender.

MAS A FUNAI (ATRAVÉS DE SEUS SERVIDORES )TEM O PODER E O DEVER DE ACIONAR AS POLÍCIAS FEDERAIS, O MINISTÉRIO PÚBLICO, A PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA, A POLICIA MILITAR, A POLÍCIA CIVIL, O CORPO DE BOMBEIROS E TODAS AS DEMAIS INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS E NÃO GOVERNAMENTAIS PARA AUXILIAR NO COMBATE AO ILÍCITO QUE OCORRE EM TERRAS INDÍGENAS E/OU SE REFEREM A ÍNDIOS E SUAS COMUNIDADES!

E isso é uma OBRIGAÇÃO INSTITUCIONAL DA FUNAI, ALÉM DE VIABILIZAR PROJETOS QUE MINIMIZEM/EXTERMINEM COM TODOS E QUAISQUER MALES QUE AFETEM OS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS!