quarta-feira, 9 de junho de 2010

Incra e manifestantes continuam negociações

Incra e manifestantes continuam negociações

Priscila Robini - Estado de Minas

Publicação: 09/06/2010 10:42 Atualização: 09/06/2010 10:59

As reuniões entre representantes da Via Campesina, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Minas Gerais (Incra/MG) devem continuar ao longo da semana. As conversar começaram na tarde de terça-feira e só devem terminar quando todos os pontos apresentados pelos manifestantes forem esclarecidos e negociados.

Desde a manhã de segunda-feira, cerca de 200 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MAP), ocupam a sede do Incra. Apesar do protesto, os trabalhos no prédio da Avenida Afonso Pena, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, continuam normais. A manifestação é pacífica.


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Manifestantes apresentam reivindicações ao Incra em BH Manifestantes ocupam sede do Incra em BH
Na terça, uma pauta com as reivindicações do movimento foi entregue à superintendente do Incra, Luci Espeschit. Segundo o instituto, os pontos principais do documento tratam da prestação de assistência técnica nos assentamentos criados pelo Incra/MG ligados ao MST e do cadastramento de famílias atingidas pela construção de barragens de usinas hidrelétricas que não tenham sido indenizadas pelas construtoras.

Em nota, o Incra informou que mantém o programa de Assessoria Técnica Social e Ambiental (Ates). No final de 2009, foi assinado um contrato com a Emater/MG para a prestação do serviço de assistência técnica em 163 assentamentos de Minas Gerais, com investimento de R$ 9,9 milhões. Com isso, 9,1 mil famílias teriam assistência técnica garantida até junho de 2011.

Com relação ao cadastramento das famílias do MAB, o instituto afirma que recebeu a atribuição em fevereiro deste ano quando a Presidência da República firmou um acordo com o movimento. Em Minas, as famílias das barragens de Bico da Pedra, Candonga, Granada e Emboque, Fumaça e Aimorés deveriam estar cadastradas.

Ainda de acordo com as informações do Incra, já foi realizado o cadastramento de 350 famílias, que viviam no território de duas das cinco barragens. As famílias atingidas pelas barragens restantes deverão ser cadastradas até 30 de junho.