Uma crise sem precedente está instalada no andar de cima do Poder Judiciário brasileiro. A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon (foto), fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”, declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar amanhã ação proposta pela AMB restringindo o poder de fiscalização do CNJ. A associação pede que o CNJ só atue depois de esgotados os trabalhos das corregedorias regionais.

Desde sua criação, o CNJ já puniu cerca de 50 juízes e desembargadores em processos disciplinares. Desse total, 24 foram punidos com a pena máxima de aposentadoria compulsória, seis foram colocados em disponibilidade e 15 provisoriamente afastados.

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