Vereador e coordenador da Prefeitura entre os presos na Aldeia Buriti | ||||||
A operação foi desencadeada a partir da denúncia de fazendeiros de que os índios teriam um arsenal para garantir a posse das fazendas 3 R e Bom Jesus | ||||||
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Foto: Buriti News | ||||||
O coordenador de Políticas para a Comunidade Indígena da Prefeitura de Dois Irmãos do Buriti, Arildo Alcântara e o vereador Percedino Rodrigues (PT) estão entre os sete presos levados para Campo Grande pela Polícia Federal, suspeitos de envolvimento em crimes de sequestro, cárcere privado, porte e uso de armas de fogo. Todos tiveram prisão temporária (por cinco dias) decretada pela Justiça Federal que expediu também ordens de busca e apreensão de armas que estariam em poder dos indígenas. A operação policial durou quase quatro horas. Começou por volta das 10h11 e terminou por volta das 14h15. Foram mobilizados 100 policiais, entre Federais e integrantes da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, além de cães farejadores. A operação foi realizada na Aldeia Buriti que fica em Dois Irmãos do Buriti. A operação foi desencadeada a partir da denúncia de fazendeiros de que os índios teriam um arsenal para garantir a posse das fazendas 3 R e Bom Jesus, ocupadas desde maio por um grupo de 1.500 terenas que montaram acampamento. São uma das 13 propriedades que fazem parte das 17,2 mil hectares identificados em 2001 pela FUNAI como terra indígena e que até agora não foram demarcados. Entre os presos estão líderes do grupo que em maio entrou nas fazendas 3R e Bom Jesus. Os proprietários conseguiram na primeira instância da Justiça Federal uma liminar para reintegração de posse, mas a medida foi cassada pelo Tribunal Regional Federal. Durante a ocupação foram registrados momentos de tensão. Os indígenas chegaram a fazer refém o coordenador regional da FUNAI, Edson Fagundes e ainda o chefe do Meio Ambiente, Ricardo Araújo. Eles expulsaram os arrendatários da Fazenda Bom Jesus, Aroldo Correa e Aroldo Filho, quando eles tentavam retirar o gado da propriedade. O dono da fazenda 3 R, Roberto Bacha, denunciou que a sede da propriedade estava sendo depredado e algumas cabeças de gado foram abatidas. Flávio Paes e Marcos Tomé | ||||||
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
